quarta-feira, janeiro 31, 2007 

Passeeeeeeei!!!!

Sabe quando, nos filmes, a personagem está pendurada, segurando apenas na mão de outra personagem, já na pontinha dos dedos e, repentinamente, é puxada de uma vez pra um lugar seguro. UFA! E dá aquela alegria...

Sei que isso é um extremo exagero.
Mas foi mais ou menos assim que eu me senti hoje. Fiz o Teste de Nível da Casa de Cultura Britânica da UFC (Universidade Federal do Ceará) e... P A S S E I!!!! Isso mesmo: PASSEI!!!!! Dá pra imaginar a alegria? Nossa... 88 vagas, e a 43ª é minha e ninguém me tira!

Além disso, desde anteontem (29 de janeiro de 2007), recomeçaram minhas aulas. E a dificuldade pra acostumar com o despertador apitando às 5:00 da manhã é grande... Ando "dormindo" até a parada mais próxima pra ir à escola. Mas, confesso que estou bem feliz com a volta às aulas.

domingo, janeiro 28, 2007 

Ritmo e sensibilidade musical ~~ d*o*b

Se eu pudesse ter orgulho de ter inventado uma palavra, queria poder ter a autoria da palavra "sensibilidade". Minha sensibilidade é o que me garante que estou viva.
Você já parou pra pensar na palavra "Sentir"?
Isso mesmo.
O que você sente?
Sensações, sentimentos, impressões... São formas de nosso corpo reagir a tudo que recebe e que o cerca. E é impressionante, fascinante observar essas "reações". Gosto de coisas que provem minha sensibilidade.

Até em matéria de música.
Música que mexe com os sentidos.
Quer um exemplo?
Bom, eu vou ser bem específica.

BJÖRK.

Já ouviu falar? Isso ae, Björk. Pronuncia-se biiorc. É islandês. Tenho minha própria definição para musicalidade; a capacidade que a música tem de mexer com os sentidos, incitar a sensibilidade. Em suas músicas, aparecem um milhão de sons, ruídos, instrumentos, tudo ao mesmo tempo. Mas, se alguém ouvir sem prestar muita atenção, não vai perceber a maioria dos sons. Porque tudo junto não fica no mesmo tom, mas entra em sintonia perfeita. Melhores músicas: Hidden place, Enjoy. Ela mistura sussurros a letras simples mas incrivelmente sensíveis, gritos a jazz, sons que parecem insetos com teclados... Nossa, é lindo demais!

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Björk


Experimentalismos eletrônicos também costumam me chamar atenção. Especialmente EBM e electrorock.

Ultimamente ando ouvindo muito Madonna, e diria que até compraria o seu último álbum, Confessions on a dance floor. Amei o que ela fez em Die another day, quando misturou instrumentos clássicos (orquestrais) com techno e outros experimentalismos eletrônicos. Ficou demais.

Falando de rock (junto à música eletrônica e ao folk faz o trio das minhas paixões musicais), o My Dying Bride me surpreende com a música For my fallen angel. Novamente, instrumentos orquestrais junto a elementos de Doom Metal dão um ar pesado à música. O que me surpreende é que a música é quase um instrumental. Mas só de ouvir, já me dá uma vontade de chorar. Acho incrível pensar que ondas sonoras são capazes de mexer com a gente a ponto de mudar o nosso humor. Causar-nos claras reações.

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Patti Smith


Falando de punk e rock alternativo, eu citaria uma das minhas cantoras favoritas: Patti Smith. Em meio a guitarras de um punk "pré Sex Pistols", ela fala de um mundo melhor, de amor, questiona porque as coisas são como são, fala da vida, conta histórias, reclama, xinga, e é extremamente humana. Ela pergunta se, vendo o mundo ao seu redor, você consegue simplesmente "se comportar". Do you like the world around you? Are you ready to behave?.

Isso sem falar em Nine Inch Nails e Siouxsie and the Banshees (pós-punk/ gothic rock muito vanguarda...), que também me fascinam.

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Siouxsie


Então, quando for ouvir música, pense no que ela tem "demais". Por que você gosta dela? O que ela te faz sentir? Sentir a música é uma maneira de ser sincero consigo mesmo

sexta-feira, janeiro 26, 2007 

Tempo e paciência

Eu quero e preciso de tempo. Tempo pra fazer o que eu quiser e não se preocupar com uma hora marcada. Fazer o que quero sem pensar que alguém vai me ligar ou me dar uns gritos pessoalmente mesmo, me cobrando alguma coisa. Simplesmente não queria pensar agora, a não ser que eu quisesse. Acho que, no fim, eu só queria parar um pouco agora e fazer o que gosto. Queria não depender de ninguém pra ir lá e fazer com que tudo acontecesse conforme a minha vontade.

Não quero parecer egoísta... Afinal, quando tenho paciência e tempo, tenho idéias tão humanistas, que nem lembram a pessoa que controla os dedos que digitam essas palavrinhas de desabafo em "sussurro escrito" agora.

Dois dos muitos relógios da minha casa estão parados neste exato momento, e nem por isso o tempo pára.

Estou pensando nos erros gramaticais, especialmente de colocação pronominal, que já cometi até esta frase, mas não estou com paciência pra ir lá e corrigir. Ou talvez eu nem tenha tempo, e já fingindo que tenho, fico pensando nisso. Ou, ainda, eu só queira ficar mais original e livre, escrevendo assim: do jeito que deu na telha.

Sei que ainda tenho tanta coisa pra aprender... Mas sinto nesse segundo meu cérebro atrofiar-se e um pequeno regresso dói-me a cabeça. Mas, sendo mais positiva, talvez, só o fato de eu querer e estar escrevendo isso aqui, já prove que essa tímida loucura não é lá tanto regresso, ou burrisse, sendo mais simples.

Vou escrever mais seicentas e sessenta e seis palavras e nem por isso vou estar satisfeita. Eu não vou ganhar mais tempo, e nem as coisas serão como eu tanto quero. De imediato. Assim, "bum" e ele aparece aqui, ou a gente aparece lá, ou mais umas mil horas hoje só pra fazer as coisas darem certo.

É, quem não tem tempo e quem tem tempo de qualquer forma tem que ter paciência.Mas e quem não tem nenhum dos dois?
Tô ferrada.

Já vi que tempo torra paciência. Devíamos matar o tempo?

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segunda-feira, janeiro 22, 2007 

Medo

Congresso Internacional do Medo
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa e Prosa)


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M e d o
Me - do
Medo.

Você tem medo de quê?
Naturalmente, eu diria que o medo é aquilo que nos impede da exposição a situações que, supostamente, oferece risco.
Mas de tantos lugares diferentes nós já fomos prejudicados, que hoje é difícil estabelecer padrões sobre o que deve ou não tornar-se objeto de medo.
Sociedades inteiras moveram-se, e quando chegaram ao destino, mataram quem acreditava que iria viver melhor.
Mães abandonaram filhos.
Precisamos de ajuda pra proteger-nos dos pobres que não têm o que comer. Porque eles vão vingar a desigualdade social em vítimas menos atingidas.

E que acontece depois de toda essa vida?
A gente morre.
Morre com medo.
E simplesmente acaba.
É triste, não é?

Mas pode ser pior. Pior quando, mesmo depois de morto, ainda tem gente que diz que há motivo pra medo. Nem quando morre, essa história acaba. O centenário medo de ir pro inferno, ou de ficar preso milhares de anos a uma condição.
Quanto medo!

O medo dominou os corações de cada um e do povo como um todo. É uma densa nuvem de fumaça que não permite que as pessoas enxerguem nada, além da densa nuvem de fumaça.

Mas...
Ande agachado.
Rasteje.
Cave.
Ache os lençóis subterrâneos de água, ou ande na pontinha dos pés, até fugir da névoa negra.

É cada vez mais difícil e necessário fugir desse sufoco.
Senão, ninguém vive, não dá.

E quando achar a água pura e límpida dos leçóis d'água, beba com vigor. Sinta cada molécula de H20 descendo e molhando sua garganta, sinta prazer nisso.
O mesmo quando conseguir achar o ar puro. Encha os pulmões de ar puro, e expire toda a fumaça preta que entrou antes.
Quando não tiver medo, quando estiver alegre, seja alegre até a última pontinha de alegria. Porque, infelizmente, o medo existe.

E existem aqueles que passam toda a vida com medo.
E existem aqueles que enfrentam o medo com as outras coisas boas que acumularam, usando de munição.
Meu incentivo é: que você esteja superarmado, a vida inteira. Ou pelo menos, enquanto houver medo.

(Imagem: PORTINARI, Candido Mulher com filho morto)

sábado, janeiro 20, 2007 

Superavôs

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Cangaceiros e mulheres - Candido Portinari

Ah, meu Ceará...
Lembro de como eu achava chato História do Ceará. Vejo hoje como isso é absurdo! Gosto tanto de cultura e rejeito a do lugar onde nasci? Bom, que bom que eu já mudei de opinião.
Ontem mesmo estava comentando com ele. Relembrei as histórias que meu pai contava sobre a sua família. Lembro que meu pai dizia que meu bisavô (mesmo em plenos anos 70) ainda andava de facão e armas nas calças. Dizia ser cangaceiro. E ai de quem mexesse com ele! Minha bisavô (que cheguei a conhecer, faleceu perto de uns 90 anos) tinha pele clara e olhos azuis, e desprezava meu avô, moreno.

Mesmo que eu nem passe nesse IMPARH. Eu aprendi um montão de coisa, e isso já valeu. Valeu mesmo tudo que estudei.

Engraçado essa história de cangaceiro. Tenho 3 visões sobre eles: (1) a dos livros de história, (2) a da literatura (exemplo: Auto da compadecida, de Ariano Suassuna, que já li mais de duas vezes) e (3) a das histórias da minha família. Meu avô materno, ex-militar, mais conservador, já diria outra coisa sobre os cangaceiros. Diferente do que meu pai diz.

Mas sei que é muito legal ver a história viva. Senti-la. Você finalmente se dá conta do seu lugar na história. É uma sensação muito boa.

Ao mesmo tempo, são lembranças ruins.
Um Ceará miserável, pobre, sofrido. Os coronéis por aqui nem tinham dinheiro: só terras, poder e apoio das oligarquias. Se eles não eram la tão ricos assim, imagina o povo mesmo. Viviam morrendo de medo dos coronéis, de perder o pouco te terra que tinham. De perder a vida.
Restou a voz.
Que tantas vezes foi silenciada, mas uma hora ecoou, voou, e todo mundo ouviu. O Ceará foi o primeiro estado a abolir a escravidão (25 de março de 1884). Patativa do Assaré mal sabia ler e ganhou destaque no mundo à fora pela poesia. Rachel de Queiroz, em O Quinze retrata o desespero do retirante durante a seca.

É, a gente sofre.
Eles sofreram, aliás.
E quando paramos de sofrer no corpo, somos silenciados pela ideologia pós-modernista?
Não podemos calar-nos. Por todos que sofreram antes de nós... Não podemos.
Não é?

sexta-feira, janeiro 19, 2007 

Reverso/inverso nunca desfeito

You say you want a revolution
Well you know
we all want to change the world
[...]
But when you want money for people with minds that hate
All I can tell you is brother you have to wait


Revolution 1
- The Beatles

Essa música fez-me lembrar do que estava estudando há pouco... A guerrilha no Brasil, durante a ditadura militar (1964-1985). A intenção foi boa, e aparentava que ia dar certo. A repressão no governo de Costa e Silva era dura, e os estudantes, organizados no UNA (União Nacional dos Estudantes), protestavam e reagiam à pancadaria. Mas, com o tempo, a guerrilha foi se dissolvendo... O AI-5 foi o golpe mais duro da ditadura... Casas poderiam ser invadidas, toda e qualquer instituição ou pessoa poderia ser espiada. Além disso, a imprensa que vigorava era favorável ao maldito governo vigente e divulgava uma imagem marginalizada, pessimista e mentirosa sobre os guerrilheiros. E, como o episódio tenentista dos 18 do forte, não tiveram o apoio esperado. Eram poucos guerrilheiros, e a gurrilha no Brasil praticamente morreu. Apesar de que foi aqui mesmo que ocorreu a mais longa marcha de guerrilha de toda a história: 25 000km percorridos pela Coluna Prestes. Assim, o regime militar perdura até a década de 1980. Ah, morre, desgraça.

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Lendo essas coisas dá um ódio no coração. Brasil: nunca mais, de Paulo Evaristo Arns, é um livro que eu nunca consegui ler por completo. Quando leio coisas similares, choro. O livro conta casos de tortura durante o autoritário e opressor regime militar. Pergunto-me como aqueles PMs que invadiram aquela igreja durante a missa de sétimo dia do estudante assassinado puderam, com tamanha frieza, descer a paulada em todo mundo por lá. O que pensavam essas pessoas? Sim, o que estava em suas mentes? O que tanto as cegava? Minha cabeça enche-se de perguntas...

Quanto à música citada logo no começo do post, considero a declaração citada muito fria. Mas ao mesmo tempo realista. Infelizmente, muitas vezes parece que vamos ter que esperar sentados. Pessoas de "mentes com ódio" não vão usar seus recursos a favor de quem precisa. Tantos governos nesse país olharam o cenário urbano enquanto 60% do país estava no campo. Desde as Reformas de Base, que só chegaram a ser pronunciadas em março de 1964 pelo Jango, nunca mais nenhum governante falou em planos realistas pra realização da sonhada Reforma Agrária.

Céus.
Quem são eles...
Será que o que somos e o que seremos é sempre o que eles querem?

quinta-feira, janeiro 18, 2007 

Anarchism!

Não, eu não me importo em escrever o título em inglês. Porque não me considero uma cidadã brasileira, mas uma cidadã do mundo. Isso mesmo, anti-patriotismo. Independentente dos limites geográficos, étnicos etc, estabelecidos por gente que não sabe nem dá a mínima pra minha existência, eu posso gostar do que está além dessas fronteiras. Não gosto só de flores do meu jardim, e vou trazer as que gosto que não estão aqui pra perto de mim.

Finalmente terminei de ler o velho livro (pelo que constatei, datado do fim da déc de 60)de História do Ceará. Velho não porque é da déc de 60 (afinal, estou ouvindo Patti Smith agorinha mesmo, uma de minhas cantoras favoritas; da déc de 70, não muito longe) mas pelos conceitos. Infelizmente, o primeiro presidente da maldita ditadura militar, Castelo Branco, era cearense. E até pra esse cara o livro fez altar. Elevou os jesuítas, elevou os brasileiros que ajudaram a deteriorar o Paraguai e não dar-lhe a mínima chance de sequer cheirar os velhos tempos de curta prosperidade. Sim, fico revoltada com a venda do patriotismo.

Ainda pro IMPARH, terminei de estudar Brasil colônia, primeiro império, período regencial, segundo império e república velha. Estou estudando as revoltas da República Velha, quando os ideiais de Comunismo, Socialismo (e o meu favorito) Anarquismo começam a aparecer por aqui; em especial devido aos estrangeiros que vinham trabalhar por aqui e alguns operários esclarecidos.

Já aprendi bastante coisa hoje, o que me custou olhos pesados e a previsão de que eu vou dormir bem cedo em cima de um livro esta noite. Por exemplo, não sabia que D. Pedro II era maçom! E foi justamente na época da crise do segundo império que o Papa Pio IX disse que era proibido misturar catolicismo com maçonaria. Quando li isso, pensei: "ah, mas só mais um acrescimozinho não tem nada não, seu Papa... Vocês já puseram tanto paganismo no meio das doutrinas de vocês que só mais uma coisa nada a ver não faria muita diferença...". Você não acha?

Enfim, nesses dias de estudo, costumo acordar bem cansada. Nem eu sei como eu levanto da cama. Meio que ressussito e demoro a reacostumar-me com o fato de estar viva, algo do tipo. Mas esses dias, não lembro quando, acordei e fui ainda de pijama pro quintal, olhar os coqueiros da vizinhança e sentir o leve sol das 7 da manhã. Mal abri os olhos, ainda inchados, mas não me arrependo de ter feito isso.

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Ler essas coisas só me faz mais revoltada ainda. Eu queria poder fazer mais que simplesmente formar minha própria consciência (o que eu acho muito individualista). Queria poder mudar pra valer. Mas, infelizmente, não depende só de mim. Juro que faço minha parte.

segunda-feira, janeiro 15, 2007 

Eu, cygoth? Imagina...

Hoje, no pouco tempo que fiquei na internet, despertei minhas revoltas...
Parei de estudar história do Ceará por alguns segundos (juro que nunca mais olho a Praça do Ferreira do mesmo jeito; juro ter maior apreço...) e vim pro pc. Mais uma vez, acabei em páginas e em arquivos de EBM e Industrial. Tenho certeza que vou voltar aqui mais milhões de vezes com temáticas de tecnologia pessimista. Apesar de que eu sou bem pacifista.

Sim, admito que a tecnologia trouxe-nos uma série de benefícios. Faço uso de tais todo santo dia, e demoraria muito tempo pra levar a vida num mundo "retrógrado" tecnologicamente. Mas, muitas vezes, avanços tecnológicos vieram de objetivos nada nobres, pingaram sangue nas páginas da história e dilaceram lágrimas e vidas conscientemente ou não numa sociedade que faz tudo acelerado demais.

Em troca de nossa segurança e saúde, perdemos cada vez mais a privacidade. Vão instalar câmeras nas privadas porque pode sair de lá um terrorista e seqüestrar o banheiro. E parece que não podemos reclamar disso: de um lado a segurança, do outro a privacidade, e no choque, ácido e base se neutralizam, terminam em água e sal. -1 e 1 viram 0. Matéria e anti-matéria explodem. Não sei que tipo de reação acontece nesse caso ético, mas coisa boa não é. A tecnologia por vezes aparenta não querer beneficiar-nos, mas ver os nossos limites. Até que ponto "ultrapassar limites" é uma idéia realmente positiva? Fomos ensinados a superar limites, quando na verdade, apagamos linhas imaginárias: limites existentes, na tentativa de quebrá-los, resultam em confrontos nada benéficos, como o citado.

Ao fazer uma compra, você troca dinheiro por um produto. Um quilo de arroz, por exemplo. Mas por quê? Porque, ocasionalmente, mais vale ter o arroz pra comer que o dinheiro. A questão é: quando vale a pena trocar um pelo outro? Quando vale a pena trocar privacidade por segurança?

Se você for MESMO assistir o vídeo abaixo, seja perceptivo. Note os "seres humanos" serem vigiados, expostos a diversas situações, induzidos. Mas são praticamente insensíveis. Talvez ainda não estamos na Matrix; máquinas ainda não declaram guerra aos presidentes. Mas tem humanos assumindo esse papel. Quem quer ser o experimento? O ratinho de laboratório?

 

Pé na estrada; teoricamente

Fim de semana até legal, movimentado.
Não fui muito longe; ainda era região metropolitana de Fortaleza, mas deu pra sentir o gostinho de viajar. Já tinha estradas sem muitas construções e um céu lindo.


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Estava me sentindo um pouco jornalista: com a câmera na mão o tempo inteiro, pronta pra fotografar qualquer coisa que pudesse ser interessante. Estava séria, atenta à paisagem, e pouco conversei no carro...

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Acho engraçado às vezes como eu encaro as coisas. E muitas vezes me pergunto se isso é comum (acho que não, pelo menos eu ACHO): tenho mania de observar as coisas além. É como se eu sempre quisesse sentir mais do que o normal, ver além do óbvio, coisa do tipo. E queria enxergar, nas coisas mais simples, coisas interessantes.
No fim do fim de semana, fui à casa de uma amiga, encontrar outros amigos.
E pra terminar o dia, uma ótima companhia. De alegrar o coração. Sim, algo mais... Mas apenas por telefone. =/

Já hoje, discuti várias vezes com a minha mãe, mas teve uma vantagem: eu descobri como eu mudei. Em 3 minutos eu já pensei o suficiente pra não agir mais sob efeito da raiva da última discussão. E perceber isso é ótimo. Pode parecer beber veneno sorrindo. Mas sorrir é sempre bom, não é?
Quis entrar no quarto e não sair mais. Estudei até dar sono, apesar de que eu não dormi mesmo. Fiquei apenas vegetando, com meus famosos "olhos de peixe morto", fingindo estar acordada com a cara. Engraçado isso...

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Este post termina por aqui. Tenha um bom fim de dia. De preferência, mais fácil que o meu.

segunda-feira, janeiro 08, 2007 

Alegria!

Que fim de semana m a r a v i l h o s o! Fazia tempo que não me divertia tanto!
Estive cercada de amigos e risadas...
Ouvi tantas palestras interessantes... Aprendi que preciso mesmo melhorar minhas tendências consumistas. E é o que vou fazer.

Falando em consumismo...
Desde o mês passado que eu penso em falar do Instituto Akatu (http://www.akatu.org.br). Lembro de ter visto na TV Cultura uma reportagem a respeito. Lembro-me bem do comentário de um representante do instituto: "ninguém joga uma pasta de dente pela metade. A gente troca quando acaba. Mas trocamos o celular mesmo em perfeitas condições. Será que isso é realmente necessário?"

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A educação no consumo (o ideal dessa instituição) é muito importante. Uma pessoa consumista vive se metendo em dívidas, e faz pouco caso de sua própria tranqüilidade. Uma sociedade consumista tem a economia comprometida (SPC e Serasa...) além de prejudicar o meio ambiente, por gerar muito lixo e extrair de forma inapropriada os recursos naturais. Além disso, consumismo é fútil. É como querer encher um balde com um furo enorme em cima e em baixo: nunca vai encher; a pessoa consumista nunca estará satisfeita.
Então, definitivamente, é inútil.

É uma questão de autodisciplina e consciência. A vida pode ser muito saudável, agradável e tranqüila sem algumas dívidas, não é?

Ainda falando do Instituto Akatu, o site oficial fornece (endereço já citado acima) informações e notícias sobre ações ecológicas e conscientes realizadas no Brasil, além de mostrar o que o instituto em si faz para reverter o quadro consumista. Muito bom, aprovado. Você está disposto a mudar, pra melhor, você, o seu país e o mundo? Eu estou.

sexta-feira, janeiro 05, 2007 

Matilda?

Filme inédito na TV plim plim (carinhosamente, Globo)!
Brincadeirinha.
Matilda passou mais uma vez. A menina ainda tinha fraldas e já escrevia o próprio nome. Não tinha a altura de meio corpo humano e já tinha devorado todos os livros infantis de uma enorme biblioteca pública. Mas vivia numa família completamente ignorante, arrogante e insana. E que não dava a mínima para o prodígio. Esse era mais ou menos o lar de Matilda. Seu dia-a-dia era feito de horas e horas de leitura.
Claro que isso tudo é pura fantasia, nem superdotado é um ser hiperdesenvolvido desses.
Mas eu fico fascinada.
Confesso que sinto um pouco de inveja da Matilda.

Mas depois de algumas horas, vem a satisfação. Minha mãe, que assistia o filme comigo, comentou: "essa menina lembra você: passa o dia inteiro lendo". Fui ao céu e voltei. Sim, fiquei lisonjeada. Ah, que delícia é o reconhecimento. Mas claro que eu não sou nenhum prodígio. Na verdade, não sou nem um terço do que queria ser. Entretanto, minha mãe me ama, e isso já é um bom avanço.

Falando em livros...
Ontem fomos às compras no hipermercado de sempre e à moda de sempre. Meus pais vão às compras e eu vou aos livros. Sento no chão mesmo, quando acho um livro interessante pra ler. E ontem eu achei. Sempre tenho curiosidade de saber porque os livros mais vendidos são os livros mais vendidos, ou seja; o que eles têm de tão interessante. Na maioria das vezes, acabo descobrindo que é quase sempre a mesma receita: doces chamam atenção de crianças, assim como esses livros têm elementos de literatura infanto-juvenil. E confesso que eu também me rendo. Gosto de um bom suspense, e aqueles contos cheios de elementos históricos, filosóficos, heróicos, místicos etc.
Mas tinha algo diferente naquela prateleira ontem.
O caçador de pipas, de Hosseini Khaled, tinha chegado lá em edição especial ilustrada. O livro ficou realmente muito bonito. Finalmente, tive motivação suficiente para lê-lo. Sentei e li 36 páginas. Foi o suficiente pra fascinar. Mas não pra saciar.
É um bom livro pra quem não entende muito de Afeganistão; pra quem não vai muito além de Talibã e Osama Bin Laden (como eu, diga-se de passagem).

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Ainda tem muita coisa pra ler no meu quarto. Falta terminar a revista Aventuras na História desse mês, a Superinteressante desse mês e a edição especial de 20 anos da Super. Sem contar com o livro de História do Ceará que peguei emprestado com uma amiga pra fazer um concurso (ÍMPARH). Na foto, eu lendo um artigo da antepenúltima edição da Super, sobre a teoria do Multiverso. Coincidência ou não, nesses dias meu pai alugou um filme do Jet Li que falava disso mesmo. Achei um máximo, afinal, eu estava meio que por dentro do assunto.
Li esses dias sobre Frederick Taylor, e vou fazer um post a respeito. Pretendo.

No momento, estou pensando no amanhã. Expectativa de um dia legal tira a concentração de qualquer um. Portanto, falaremos de capitalismo, Frederick Taylor, Ford e outras comédias em episódios seguintes.

Tenha um bom fim de dia.

 

Dia de chuva ''''\õ/'''

Mais um dia de chuva!!
Normalmente, seria só alegria! Poderia ficar toda encolhida numa cama enorme só pra sentir uma inocente sensação de poder. Pensar em chocolate quente, e, quando um pouco da preguiça fosse embora, eu concretizaria doces pensamentos. Ouvir música atmosférica, Dead Can Dance, Cocteau Twins, Enya, Loreena McKennitt, e sentir pelos ouvidos a vida eterna por um tempo. Ah, que agradável dia de chuva seria!

Mas, não.
Não dessa vez.
Minhas coxas dóem e eu não tenho tempo pra, sequer, deitar. Programar-se pra eventos é sempre uma loucura... Especialmente quando se tem um cabelo tão rebelde quanto a dona. Da última vez que ele ficou lisinho, tirei um montão de fotos, especialmente antes de lavá-lo, ao chegar da academia. Ele vai ficar lisinho assim de novo ainda hoje, pelo menos eu espero.

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Agora eu vou almoçar. Ainda pensando na correria que eu vou passar ainda hoje. Andei lendo umas coisas muito interessantes, eu diria, e pretendo comentar um pouco mais tarde, quando tiver um pouco mais de tempo que agora.

Tenha um bom dia.

terça-feira, janeiro 02, 2007 

Agonia

Interessante como as coisas mudam rápido. Ou é o tempo que passa rápido. Ou pode ser, ainda, defeito do tempo cronológico (a máscara para o tempo, aquele tempo meio físico meio abstrato, e bem mais difícil de explicar).
Bom, o fato é que eu acordei às 9:00 no feriado de Confraternização Universal (ou, mais realisticamente, o dia oficial da farra universal), até bem animadinha. Lembro-me de ter lavado umas louças aqui em casa e depois ter entrado no meu quarto, passando algumas horas cantando, dançando Cansei de Ser Sexy e rindo. Não almocei em casa, mas logo estive de volta. Não lembro de muitos detalhes, sei apenas que estava lá pras 14:00 no pc, baixando o álbum "Pornography" do The Cure e sem ter muito o que fazer.
Sim, o tédio começava a tomar conta de mim.
Até que ficou insuportável. E em plenos 49% de download, desliguei o pc (o que é muito raro mesmo), planejando ir dormir. Que nada. Não consegui grudar os olhos. Fiquei em agonia; rolando de um lado pro outro, altamente irritada. Não suportava nem sequer falar sozinha, apesar de que, naquele momento, eu queria falar com alguém o que estava sentindo.

Como alguém muda tanto num dia só?

Resolvi ouvir música.
Troquei de cd 666 vezes (não finja que você não sabe que isso é uma metáfora. Dera eu tivesse 666 cds pra trocar!).
Alguns, eu até ouvi um pouco. E, tentando fugir da tensão, me esforcei pra me concentrar nas músicas. Normalmente, eu viajo fácil, mas dessa vez precisei franzir a testa.

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Mas enfim, depois de um tempo, mais uma vez, o conhecimento me salva. =D
Algo na minha cabeça já insistia pra que eu pegasse algo pra ler. Durante algum tempo, resisti. Mais algumas horas e lá estava eu lendo mais 20 páginas da revista Aventuras na História. Minha querida revista. Depois, mandei uma mensagem de voz pra uma amiga, que logo foi respondida. Comecei a melhorar.

À noite, ele me ligou.
E, bom, o dia terminou.
Bem, eu diria.

segunda-feira, janeiro 01, 2007 

Mecânica

Já nem sei qual é o real problema.

Sou uma criatura muito ativa: tenho sempre que estar engajada em novas atividades, planos etc. Se não, não estarei satisfeita. E entro em tédio facilmente.

Simultaneamente, estou num mundo agitado, corrido. E adivinhe: não estou satisfeita com ele. Porque ele é banal, corriqueiro, rotineiro. Desde que o sistema comercial invadiu a vida das pessoas, é o parasita de suas vidas. Suga as vidas. E deixa apenas o corpo funcionar. A sensibilidade é sugada.

As pessoas fazem filmes e falam do futuro. E criam imagens de pessoas com roupas sintéticas, cabelos os mais coloridos possíveis, altamente tecnológicas e tudo mais. Mas a visão que eu tenho do futuro que a tecnologia pode trazer à humanidade é assustadora.
Ninguém vai se vestir diferente por causa da cultura, porque cultura vai virar coisa pra livros de história e museus. Com a globalização, as diferenças culturais tornar-se-ão um véu bem fino, até desaparecer. Acho que não vamos usar roupas sintéticas: o planeta estará superaquecido.
Mas sabe o que mais me preocupa?
Isso mesmo.
Lá vou eu falar de sensibilidade de novo.
Onde vão parar os nossos sentimentos? Até que ponto sentiremos as coisas ao nosso redor? Será que ainda teremos percepção? Ainda vai haver espaço pra afeição?
Enquanto formos humanos, eu diria que sim. Porque a partir do momento que perdermos a sensibilidade, não seremos mais humanos. Seremos apenas máquinas (deja vu de Eu, robô), ou uma espécie de animais. E nosso fim estará bem próximo.
Apocalíptico, não é?



Esse vídeo dá uma sensação positiva. Faz-me acreditar mais ainda que não podemos viver sem sentimentos. Pra mim, não existe humanidade sem sentimentos. Gosto desse vídeo. All is full of love, da islandesa Björk.

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