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quinta-feira, janeiro 18, 2007 

Anarchism!

Não, eu não me importo em escrever o título em inglês. Porque não me considero uma cidadã brasileira, mas uma cidadã do mundo. Isso mesmo, anti-patriotismo. Independentente dos limites geográficos, étnicos etc, estabelecidos por gente que não sabe nem dá a mínima pra minha existência, eu posso gostar do que está além dessas fronteiras. Não gosto só de flores do meu jardim, e vou trazer as que gosto que não estão aqui pra perto de mim.

Finalmente terminei de ler o velho livro (pelo que constatei, datado do fim da déc de 60)de História do Ceará. Velho não porque é da déc de 60 (afinal, estou ouvindo Patti Smith agorinha mesmo, uma de minhas cantoras favoritas; da déc de 70, não muito longe) mas pelos conceitos. Infelizmente, o primeiro presidente da maldita ditadura militar, Castelo Branco, era cearense. E até pra esse cara o livro fez altar. Elevou os jesuítas, elevou os brasileiros que ajudaram a deteriorar o Paraguai e não dar-lhe a mínima chance de sequer cheirar os velhos tempos de curta prosperidade. Sim, fico revoltada com a venda do patriotismo.

Ainda pro IMPARH, terminei de estudar Brasil colônia, primeiro império, período regencial, segundo império e república velha. Estou estudando as revoltas da República Velha, quando os ideiais de Comunismo, Socialismo (e o meu favorito) Anarquismo começam a aparecer por aqui; em especial devido aos estrangeiros que vinham trabalhar por aqui e alguns operários esclarecidos.

Já aprendi bastante coisa hoje, o que me custou olhos pesados e a previsão de que eu vou dormir bem cedo em cima de um livro esta noite. Por exemplo, não sabia que D. Pedro II era maçom! E foi justamente na época da crise do segundo império que o Papa Pio IX disse que era proibido misturar catolicismo com maçonaria. Quando li isso, pensei: "ah, mas só mais um acrescimozinho não tem nada não, seu Papa... Vocês já puseram tanto paganismo no meio das doutrinas de vocês que só mais uma coisa nada a ver não faria muita diferença...". Você não acha?

Enfim, nesses dias de estudo, costumo acordar bem cansada. Nem eu sei como eu levanto da cama. Meio que ressussito e demoro a reacostumar-me com o fato de estar viva, algo do tipo. Mas esses dias, não lembro quando, acordei e fui ainda de pijama pro quintal, olhar os coqueiros da vizinhança e sentir o leve sol das 7 da manhã. Mal abri os olhos, ainda inchados, mas não me arrependo de ter feito isso.

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Ler essas coisas só me faz mais revoltada ainda. Eu queria poder fazer mais que simplesmente formar minha própria consciência (o que eu acho muito individualista). Queria poder mudar pra valer. Mas, infelizmente, não depende só de mim. Juro que faço minha parte.

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