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segunda-feira, dezembro 25, 2006 

Cinzas

No meio dessa padronização dos ideais ocidentais, há o modo de encarar as coisas de forma linear. Em simples palavras, aquele pensamento de que tudo tem o seu fim. Tudo pode ceder ao fogo, e tudo pode ser apenas cinzas, no fim das contas.
Meu professor de Geografia falava do fim do capitalismo. Dizia que já havia alguns estudiosos analisando o que ocasionaria isso, como e as conseqüências. As provas disso? O aumento cada vez mais rápido da população desempregada/miserável; daí uma possível queda extrema no poder de consumo. Ele costumava me falar que uma hora ou outra, demorasse ou não, isso iria acontecer.
Não garanto nada quanto ao capitalismo (apesar de que, de certa forma, acho que faz sentido o que meu professor me dizia, e chego a concordar). Mas já está acontecendo uma verdadeira crise. E fora das bolsas de valores, grandes empresas e reuniões de blocos econômicos. A crise é na vida das pessoas.

Não se tem mais tempo pra sentir, pra pensar. Apenas pra executar um trabalho ordenado. Feito máquina (como já comentei num tópico anterior; 4 maneiras de encontrar no homem uma máquina). A vida das pessoas nem sempre tem sentido. É como qualquer coisa no meio de uma onda, apenas é levado. Estão procurando um refúgio desesperadamente, sem ver nada, sem sequer tentar entender porque, sem tempo pra raciocinar. É uma correria danada! E no fim do dia, acabados, é como se dormíssemos debaixo de um cobertor de cinzas. As pobres pálpebras encostam-se por uns minutos e logo estamos de pé de novo! E isso é vida?
Estamos no fim.
Yes, your cities lies in dust, my friend.



Acima, Cities in dust, da lendária Siouxsie and the Banshees.
Sempre achei esse vídeo muito vanguarda. Penso que desde que conhecemos a revolução industrial, descobrimos a máquina em nós mesmos, e a nossa vida ganhou um enorme paradoxo: estamos mais sedentários, mais bem armados, nos livramos do trabalho braçal, mas nem por isso nossas vidas melhoraram.
E, a partir do final do séc XIX pro comecinho do séc XX, surgiu o tal modernismo, com os famosos movimentos de vanguarda, que trouxeram um novo tipo de arte. Uma arte que denunciava, que chorava, que tentava descrever o sentir. Arte que chocava, inovava, confudia, indagava e causava indagações... Enfim, uma fascinante arte.

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Esse aqui, por exemplo, é um quadro do nosso amigo Edvard Munch, também autor do famoso O Grito. O quadro a óleo ilustrado acima chama-se Vampiro. Simplesmente amo esse quadro, por causa do contato. Perceba o perfeito encaixe dos dois corpos. Pra mim, é a coisa mais clara nessa pintura. E é uma das coisas que nós estamos perdendo ultimamente. O contato, a sensibilidade...

Por partes!
- Sobre o suicídio do capitalismo... Outro dia mesmo, em uma aula de Realidade Sócio-Ecônomica e Política Brasileira, lancei a minha conclusão (talvez simplista e sem embasamento, mas que merece, ao menos, alguns segundos de reflexão): o capitalismo precisa cada vez mais de mão de obra qualificada, certo? Acontece que, pelo menos nos países subdesenvolvidos, qualificação custa caro, e cada vez menos as pessoas podem investir em educação. Temos aí uma contradição profunda: quem será a mão-de-obra do amanhã?
O professor só fez dizer que eu era Keynesiana e sorrir. O que isso quer dizer? O.o
- Sobre a arte... Eu acho fantástica a maneira como a arte preenche nossos vazios e nos expia. Van Gogh falou contra a sociedade que o excluía, Cezanne exluiu-se da sociedade em nome do artístico. De qualquer forma, foram em busca do surreal, do extraodinário, do que as nossas vidas deveriam ser e não são.
Ou são. Basta um pincel ou um violão. (E eu juro que não queria ter rimado).

Beijos, Vanessa! E um ótimo ano novo pra você!

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  • I'm Vanessa B.
  • From Fortaleza, Ceará, Brazil
  • De uma certa forma, admito não ser tão simples, pois tenho lá minhas complicações. Sou meio chorona, curiosa, questionadora e descontroladamente persistente, mesmo medrosa. O resto a gente conhece com o tempo.
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