Vergonha
O mundo inteiro é seu.
Com tudo que nele tem, tudinho.
O que você sentiria?
Quanto a mim...
Quando eu pensei que o mundo era meu
Inteirinho, sem faltar um galhinho
Quando pensei que nem abrindo os braços
Abraçaria tudo que tinha
Senti vergonha
Vergonha, vergonha, vontade de enterrar a cara
Tanta coisa que não me pertence
Tanta coisa que eu não fiz
E, pior, não posso reverter
Sentei a cabeça na mão direita
E com a mão esquerda cobri a face
E mergulhei em vergonha
Tudo é meu, tudo é seu, tudo nosso
Tudo faz parte de nós e nos pertence
Mudar o tom da voz não vai mudar
Ninguém vai obedecer
É meu, mas não posso controlar
E de que adianta a grandeza do que tenho?
Vergonha, vergonha, vergonha
As mãos deles são armas
E os cérebros laisers
A minha mão aberta pede pra pararem
Mas a outra mão cobre o rosto
De vergonha, vergonha, vergonha
Da imensa vergonha que sinto
De estar no meio deles
Ganhar o mundo inteirinho seria como ter um pai que todo mundo pensa ser muito rico, que morre, e me deixa de herança dívidas proporcionais à riqueza que exibia ter.
Com tudo que nele tem, tudinho.
O que você sentiria?
Quanto a mim...
Vergonha
Quando eu pensei que o mundo era meu
Inteirinho, sem faltar um galhinho
Quando pensei que nem abrindo os braços
Abraçaria tudo que tinha
Senti vergonha
Vergonha, vergonha, vontade de enterrar a cara
Tanta coisa que não me pertence
Tanta coisa que eu não fiz
E, pior, não posso reverter
Sentei a cabeça na mão direita
E com a mão esquerda cobri a face
E mergulhei em vergonha
Tudo é meu, tudo é seu, tudo nosso
Tudo faz parte de nós e nos pertence
Mudar o tom da voz não vai mudar
Ninguém vai obedecer
É meu, mas não posso controlar
E de que adianta a grandeza do que tenho?
Vergonha, vergonha, vergonha
As mãos deles são armas
E os cérebros laisers
A minha mão aberta pede pra pararem
Mas a outra mão cobre o rosto
De vergonha, vergonha, vergonha
Da imensa vergonha que sinto
De estar no meio deles
Ganhar o mundo inteirinho seria como ter um pai que todo mundo pensa ser muito rico, que morre, e me deixa de herança dívidas proporcionais à riqueza que exibia ter.
O poema me fez pensar num personagem de Os Irmãos Karamazóvi, do Dostoiévsk (sim, estou apaixonada por esse livro!) que sempre diz mais ou menos assim: "somos culpados por tudo neste mundo. A culpa do que acontece é toda minha. Se um alguém mata outro alguém, a culpa é minha".
Pode parecer exagerado, mas acredito que não está muito longe da verdade, afinal. O mundo é nosso, com tudo o que há nele, e se a gente "lava as mãos", a gente tem culpa sim.
Posted by Anônimo | 15 abril, 2007 20:46
Vanessa,
não quero o mundo inteiro.
Quero abraçar apenas a metade do Infinito.
Abraços, flores, estrelas..
Posted by Anônimo | 16 abril, 2007 19:24
Poxa Vanessa...amei seu blog,sério.
Você é criativa, inteligente e talentosa.
Se eu pudesse abraçar o mundo...nem teria muita graça, sabia?
O bom é viver buscando..
Posted by Anônimo | 16 abril, 2007 23:42