O que realmente é real?
O que é a verdade absoluta?
Durante séculos a "realidade" foi um mistério para a humanidade. E ainda o é.
Filósofos afirmaram que nossos sentidos não são capazes de perceber a realidade. Apenas a razão poderia "enxergar" essa realidade. Isso gerou um movimento, que ficou mais conhecido como Racionalismo. Esta corrente filosófica dava ênfase ao raciocínio lógico, ou seja; acima de tudo estava a razão e apenas esta poderia afirmar (por poder provar) o que é real. Um bom representante para este movimento foi o francês René Descartes (1596-1650). Sua obra mais famosa foi Discurso sobre o método; livro que tratava da razão e do pensamento humano como matemática; exato, sem dúvidas. Descartes defendia o ceticismo; o direito de duvidar de tudo que não fosse suficientemente provado. Ele também defendia que a cultura era inimiga da razão; ou seja, reconhecia que os traços culturais exercem forte influência sobre a população, que não consegue alcançar raciocínios fora ou contraditórios à sua cultura, limitando seu pensamento. Em meio a tamanho apego à razão, não é de admirar o quão o importante ele foi para a mais exata das ciências; a matemática. Seus cálculos serviram de base para outros famosos como Isaac Newton e Leibniz, além de ter contribuído em muito para a matemática moderna. É de Descartes a famosa frase cogito ergo sum (penso, logo existo), a qual afirmava que o ser humano em si provava sua existência por sua capacidade de pensar.
Mas e as nossas experiências? Os nossos sentidos, a forma como recebemos as coisas de nada valem na busca pelo real? Para os empiristas, isso conta e muito. O Empirismo é uma corrente filosófica que defende que nossas teorias devem ter como base/fundamento as nossas experiências, nossa observação do mundo ao redor, ao invés da fé ou mera intuição. Novamente, vamos usar alguns representantes para melhor exemplificar o movimento. O inglês John Locke (gravura acima) é considerado "O empirista". É de Locke a teoria da Tabula rasa (em português, algo como "lousa vazia", que era a base do pensamento empirista. Reza a Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Tabula_Rasa) : "Para Locke, todas as pessoas ao nascer o fazem sem saber de absolutamente nada, sem impressões nenhuma, sem conhecimento algum. Então todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido pela experiência, pela tentativa e erro." Outros empiristas de carteirinha que merecem destaque: Francis Bacon, George Berkeley e David Hume.
Ambos os pensamentos demonstram a tamanha vontade do ser humano de exercer suas capacidades através da descoberta do que é real; separando-se a ilusão da verdade. Mas na verdade, o que é a verdade absoluta? Tanto tempo, na busca de algo que no fim das contas, nem sabemos o que é. O que é algo que absolutamente ninguém pode ver? Algo que não existe. É na falta desse personagem superior, capaz de enxergar uma realidade pura, a qual somos incapazes de sequer percebê-la é que muitos encaixam o velho personagem: Deus. Se houvesse essa condição, a verdade absoluta seria cabível. Portanto, não raro filósofos chegavam a afirmar que Deus era racional. Mas pense um pouco, novamente. O que é a verdade absoluta? Talvez essa verdade absoluta seja simplismente algo que os humanos idealizaram, mas que nem sequer sabem ao certo o que realmente é. E isso faz sentido? Sempre duvidar de tudo vale a pena? Onde isso vai levar, à verdade absoluta? Acredito que o ser humano é dotado de raciocínio não apenas para racionalizar todas as coisas ao seu redor, mas também a si mesmo, inclusive estabelecendo seus próprios limites e caminhos, a nível pessoal. Sejamos humanos, enfim...
O que é a verdade absoluta?
Durante séculos a "realidade" foi um mistério para a humanidade. E ainda o é.
A busca pela realidade: Racionalismo versus Empirismo
Filósofos afirmaram que nossos sentidos não são capazes de perceber a realidade. Apenas a razão poderia "enxergar" essa realidade. Isso gerou um movimento, que ficou mais conhecido como Racionalismo. Esta corrente filosófica dava ênfase ao raciocínio lógico, ou seja; acima de tudo estava a razão e apenas esta poderia afirmar (por poder provar) o que é real. Um bom representante para este movimento foi o francês René Descartes (1596-1650). Sua obra mais famosa foi Discurso sobre o método; livro que tratava da razão e do pensamento humano como matemática; exato, sem dúvidas. Descartes defendia o ceticismo; o direito de duvidar de tudo que não fosse suficientemente provado. Ele também defendia que a cultura era inimiga da razão; ou seja, reconhecia que os traços culturais exercem forte influência sobre a população, que não consegue alcançar raciocínios fora ou contraditórios à sua cultura, limitando seu pensamento. Em meio a tamanho apego à razão, não é de admirar o quão o importante ele foi para a mais exata das ciências; a matemática. Seus cálculos serviram de base para outros famosos como Isaac Newton e Leibniz, além de ter contribuído em muito para a matemática moderna. É de Descartes a famosa frase cogito ergo sum (penso, logo existo), a qual afirmava que o ser humano em si provava sua existência por sua capacidade de pensar.
Mas e as nossas experiências? Os nossos sentidos, a forma como recebemos as coisas de nada valem na busca pelo real? Para os empiristas, isso conta e muito. O Empirismo é uma corrente filosófica que defende que nossas teorias devem ter como base/fundamento as nossas experiências, nossa observação do mundo ao redor, ao invés da fé ou mera intuição. Novamente, vamos usar alguns representantes para melhor exemplificar o movimento. O inglês John Locke (gravura acima) é considerado "O empirista". É de Locke a teoria da Tabula rasa (em português, algo como "lousa vazia", que era a base do pensamento empirista. Reza a Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Tabula_Rasa) : "Para Locke, todas as pessoas ao nascer o fazem sem saber de absolutamente nada, sem impressões nenhuma, sem conhecimento algum. Então todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido pela experiência, pela tentativa e erro." Outros empiristas de carteirinha que merecem destaque: Francis Bacon, George Berkeley e David Hume.
Ambos os pensamentos demonstram a tamanha vontade do ser humano de exercer suas capacidades através da descoberta do que é real; separando-se a ilusão da verdade. Mas na verdade, o que é a verdade absoluta? Tanto tempo, na busca de algo que no fim das contas, nem sabemos o que é. O que é algo que absolutamente ninguém pode ver? Algo que não existe. É na falta desse personagem superior, capaz de enxergar uma realidade pura, a qual somos incapazes de sequer percebê-la é que muitos encaixam o velho personagem: Deus. Se houvesse essa condição, a verdade absoluta seria cabível. Portanto, não raro filósofos chegavam a afirmar que Deus era racional. Mas pense um pouco, novamente. O que é a verdade absoluta? Talvez essa verdade absoluta seja simplismente algo que os humanos idealizaram, mas que nem sequer sabem ao certo o que realmente é. E isso faz sentido? Sempre duvidar de tudo vale a pena? Onde isso vai levar, à verdade absoluta? Acredito que o ser humano é dotado de raciocínio não apenas para racionalizar todas as coisas ao seu redor, mas também a si mesmo, inclusive estabelecendo seus próprios limites e caminhos, a nível pessoal. Sejamos humanos, enfim...