quinta-feira, fevereiro 22, 2007 

TV

Negócio nada estranho, todo mundo conhece. Ou ao menos conhece que nem artista; que, aliás, na grande (mas grande mesmo) maioria das vezes a gente só conhece por esse tal negócio. Acabando com o meio-enigma (afinal, é algo bem conhecido) a TV faz parte do cotidiano de quase todo mundo. E quer saber? Tem desempenhado cada vez mais funções. Desde “preenche-falsa-lacuna-de-tempo” a babá. Sem falar do poder tamanho que exerce. Convenceu uma massa de gente a pensar que ficar acordado até tarde e prejudicar o próprio sono pra se meter e ver vida dos outros (que pediram pra isso acontecer) pode ser interessante. Ou mesmo irresistível.

Incrível, não é mesmo?
Eu acho.

E pensar que tudo começou tão timidamente...
Há não muito tempo atrás (pouco mais de meio século, falando-se mundialmente), a TV era artigo de luxo. E ninguém achava que as pessoas deixariam de sair ou de fazer quaisquer outras coisas pra ficar em casa de frente àquela caixa luminosa e barulhenta da sala. Engraçado pensar que, na época do governo Dutra, aqui no país, nem tinha transmissão de canal de TV e (o que status não faz...) a “alta classe” importava TVs.

Até que nos anos 70 (quando veio a TV colorida pro Brasil), a coisa muda pra valer.
De lá pra cá, vieram novelas, programas dos mais variados tipos, até os reality shows. Não vou falar aqui da Globo, seus lucros monstruosos e a imprensa suja, porque seria realmente extenso; então deixa pra outro post. Falando em reality shows, minha “tia-ídolo” passou pra mim um pps (apresentação de Power Point) bem legal. Gostaria de compartilhar com você.

  • Download



  • Image and video hosting by TinyPic


    Mas, há algo de errado.
    Pense.
    Gosto de uma expressão que é citada na Bíblia: “comprar tempo”. Pense bem: quando você compra algo, na verdade você faz uma troca. O que você tem é o dinheiro, e ele é valioso. Mas, se você compra, é porque, naquele momento, o produto é mais importante que o valor representativo da moeda (o dinheiro). Comprar tempo tem a mesma idéia; troca-se uma atividade por outra mais importante. Vejo as pessoas ligadas, escravas da TV. Elas têm sim o que fazer; sempre há o que fazer (ou ao menos, constantemente). E deixam de fazê-lo por causa da TV. Mães deixam a TV de babá, e ficam fazendo qualquer outra coisa. Será que isso é mesmo saudável? Bom, já que é óbvio que não, é melhor fazer outra pergunta. Será que precisa mesmo ser assim? Agora é uma questão de disciplina.

    Além disso, ainda tem um tal de “poder de mídia” (eu que inventei). Na TV passam aquelas lindas mulheres; é ditado um padrão de beleza a ser seguido, e, conscientemente ou não, as pessoas sentem-se movidas a obedecê-los; são hipnotizadas. Carreiras, opiniões, roupas, status, comportamento... Tudo passa por lá. Você sente-se influenciado? Eu confesso que sim. Mas, também confesso que tento equilibrar isso. Não que por causa dessa enorme crítica que eu estou escrevendo agora (e você lendo) você vá deixar de assistir TV. É como eu já disse: é uma questão de autodisciplina.

    E de liberdade. Porque você tem sua autonomia, não tem? Então, também não deixe a TV mandar em você.



    Trilha sonora... E visual. Usando um recurso pouco mais moderno que a TV, assista aí nesse pc mesmo (até que se possa acessar a net por TV ou qualquer outra coisa) esse vídeo. Observe como o robô fica hipnotizado pelo que outro robô diz. Além disso, como a TV faz, o robô só fala frases com verbos no imperativo (dá ordens); uma logo após a outra, em considerável velocidade, eu diria. Será que somos, às vezes, robôs que obedecem? Ou sempre?
    O vídeo é Tecnology do fabuloso Daft Punk.

    domingo, fevereiro 18, 2007 

    Carnaval e chuva

    Carnaval e chuva... Parecem não ter nada a ver. Mas de mesma mãe nascem dois filhos completamente diferentes; assim como agora os dois andam juntos na minha cidade e nestes meus dias que ainda correm à solta. Na verdade, andam. Engatinham, seria melhor. Lentos como uma tartaruga morta dormindo.
    Não se entende o comportamento humano, não se compreende como as coisas podem misturar-se sem ter absolutamente nada a ver. E além de tudo, para eles, parece divertido. Pelo menos para mim não está sendo nem um pouco divertido. A única coisa legal é que, devido às chuvas, posso vestir minhas blusas de manga longa que tanto gosto sem sentir-me tão ridícula. Boa sensação.

    Ontem, depois de uma vã tentativa de vencer a chuva, cheguei toda encharcada em casa. Mas isso não foi tão ruim, culpa da minha admiração pela chuva. Pela chuva e por essa linda praia aqui pertinho de casa. Esta praia é um mimo que parece só meu. É um lembrete à minha sensibilidade; apesar de que todo santo dia eu a vejo, e ela está ali, paradinha, no lugar de sempre, não posso esquecer de quão bela ela é.

    Minha rua já não me parece tão interessante ou animadora. A não ser quando dou de cara com ela porque vou sair. Isso sim é um ótimo motivo pra ver a rua. Não tenho convite nem dinheiro pra ir a lugar algum, o que é um paradoxo completo à minha vontade. Enquanto isso, mais uma vez, espero ele me ligar, pra ver se este dia ganha, enfim, alguma graça. Ou algo parecido.

    Image and video hosting by TinyPic

    sexta-feira, fevereiro 16, 2007 

    Carnaval 2007

    Daqui a 12 dias, o blog faz um ano.
    Um ano de boca no trombone, e foi muito bom poder jogar conversa fora. Um monólogo compartilhado.

    Quanto a hoje, véspera de carnaval, é um dia duvidoso pra mim.
    Começou meio mal, com meu pai olhando o corte na minha perna. Alguns minutos depois, já era hora de levantar e ir pra escola. Chegando lá, tive aula de Genética, Álgebra, e mais alguma coisa que eu não me lembro bem e, no momento, não estou muito a fim de fazer esforço pra lembrar. Aliás, em falar em esforço, eu tive que fazer um esforço significativo pra continuar acordada. De vez em quando, dava, de leve, uma cochilada.

    Há alguns dias atrás, tinha pedido ao Alex (um amigão que trabalha perto da Galeria do Rock daqui de Fortaleza) pra ir ver os preços dos cds da Siouxsie. Então hoje, após a aula, fui lá na galeria e comprei um cd; "The Best of Siouxsie and the Banshees". Eu tinha que ter pelo menos um cd de uma das minhas bandas favoritas xD (ou A banda favorita; nem eu sei direito).

    Image and video hosting by TinyPic

    Esperava uma sexta bem melhor que essa, e acho que o problema é justamente esse.
    Combinamos de fazer um passeio pela cidade.
    Mas ninguém pensou que hoje seria pré-carnaval, e aí, todo mundo furou =/
    Se bem que, aqui no Nordeste, carnaval feriado nacional cai como uma luva. Tem pré-carnaval, carnaval, pós-carnaval, carnaval fora de época, Fortal, sem contar com as muitas versões de Fortal pelo Nordeste inteiro. Então, apesar de o carnaval oficialmente só começar amanhã, já é possível ver gente bagunçando no meio da rua.
    E o pior não é nem a bagunça.

    É a violência.

    Todo bairro é perigoso, então imagina periferia. Vira uma armadilha só.
    Então ninguém pode ir pra casa de ninguém.

    E eu to aqui, muito chateada com essa droga de carnaval, de pijama, porque eu sei que eu já não vou mais sair de casa, e muito menos alguém vem aqui. Mais um sério agravante: faz mais de um mês que eu não o vejo. Sim, ele. Acho que isso é o que mais me dói. E pra mim, é tão contraditório quanto ouvir "I won't cry for you" do Black Sabbath, acabando-se em lágrimas. Mas é mais ou menos isso que eu estou fazendo, e me achando ridícula. Como Carlos Drummond disse, o amor é mesmo ridículo. Mas parece mais ridículo ainda quem teve uma vida inteira e nunca fez isso.

    Passei na locadora de dvds hoje, aluguei quatro filmes; um de brinde. Não lembro o nome de todos; por isso não vou citar.
    Mas a minha vida já melhorou muito em um ano e pouco, e há de ficar ainda melhor, mesmo com momentos chatos como esse. Por enquanto, ela vai rolando que nem bola de neve. E crescendo... Ainda estou correndo atrás dela (mais uma vez, escorregou de minhas mãos), e logo, logo, eu a pego de novo, e, com esta em minhas mãos, eu faço o que eu quiser. Eu a controlarei.
    Até que ela, sem querer, escorregue de novo.

    =)

    Em azul, amarelo e lilás
    As cores brincavam em círculos
    Semi-círculos, esferas, elipses
    Pareciam portais
    Parecia o mundo atrás do espelho

    Eu quis tocar, quis atravessá-los
    Mas eram só visões, imagens
    Estava grudada, e não conseguia sair
    E quando abri os braços, nada aconteceu

    O vento balançava meu cabelo
    Mas eu não podia andar contra ele
    Podia sentí-lo contra mim
    Mas não podia avançar contra ele
    Era ruim...

    Falo como se fosse ontem ou semana passada
    Mas é exatamente agora que acontece
    Teletransportes são mera ficção
    E perceber isso é doloroso
    Porque quando você se dá conta disso
    Quando precisava que isso fosse real

    Mas o caso é esperar?
    Ou continuar tentando sair daqui?
    Lutar pra alcançar o que apenas o olho fechado vê?
    A única alternativa é tentar
    Afinal, sem filosofias
    A vida inteira é uma tentativa
    De atravessar o espelho
    De superar a si mesmo
    De buscar o melhor
    Mesmo quando impossível
    E assim fica mais fácil


    Mais uma fotinha: eu, "morta" de feliz com esse "cdzão". Sonho o.O
    Image and video hosting by TinyPic

    sexta-feira, fevereiro 09, 2007 

    Probabilidades

    Estou ouvindo alguém tocar piano. Mas a voz de quem canta não me garante que quem toca canta. Afinal, eu canto, mas, não sei tocar nenhum instrumento. Então não é obrigatório.

    Obrigatoriedade.
    Hoje pode muito bem não ser um dia especial. Nem amanhã. Nem nunca. Mas há uma probabilidade enorme que algum dia seja, deveras, uma maravilha, mesmo que, simultaneamente, uma raridade. Porque, afinal de contas, não é possível que em tantos dias não haja NENHUM que preste.

    Observou?
    As coisas são um monte de probabilidades. Na vida (aqueles que têm objetivos, que se mexem, é claro), nós apenas tentamos direcionar as probabilidades a nosso favor. É uma tentativa de fazer com que as águas corram pra onde a gente quer. Mas os rios, mares, bacias aquáticas, são muito maiores que nós! Mas mesmo assim não podemos desistir!

    Chegar a essa conclusão faz-me sentir mais ou menos como eu me senti quando aprendi sobre entropia na escola. Achava que as coisas simplesmente tendiam a atingir estabilidade. Mas na verdade não.

    Por isso que eu ainda digo: tudo é uma questão de probabilidade. Se não se pode dar respostas exatas às coisas, como aparentemente os cálculos matemáticos têm, é tudo provável; tudo pode acontecer, e parece ser um único ponto final.

    Mas não significa que eu queira fazer Estatística na faculdade. Mas, isso também é uma probabilidade. Afinal, tudo é possível, como eu já disse. Inclusive eu repetir palavras querendo que você leia isso e entenda o que eu quero dizer. Talvez você aí goste. Talvez você odeie e ache um belo saco. Continuo falando de possibilidades.

    Mas, como esse texto tem que terminar uma hora, então já chega.

    Image and video hosting by TinyPic

    100 Maneiras de Fugir is powered by href="http://www.blogger.com">Blogspot and Gecko & Fly.
    No part of the content or the blog may be reproduced without prior written permission.
    First Aid and Health Information at Medical Health