Pressa
Se a gente não corresse tanto, talvez sentia mais os pés no chão. Somos praticamente forçados a andar em alta velocidade. Como quando, no trânsito, os carros vão a 80km/h e você não pode ficar lá no meio, a 40km/h.
Eu mesma tenho uma pressa danada do futuro. Tenho pressa dos meus objetivos, tenho pressa do desvanecer da minha ingenuidade de menina, tenho pressa do meu próprio salário, tenho pressa pela faculdade. Pressa que chega a irritar, estressar.
No fim das contas, contudo, é como comer rápido: definitivamente não é sinônimo de eficiência. O alimento não vai ser digerido como deveria, não vai ser aproveitado como deveria. E isso é deficiência. A mesma coisa acontece quando vamos engolindo o futuro: os momentos vão passar desapercebidos, por melhores que pudessem ser. Porque a gente não agarra, a gente expulsa aquilo que não é exatamente o que a gente queria.
Nas ruas banhadas de água da chuva, nas poucas vezes que chove aqui no Nordeste, eu ando com minhas blusas de manga longa. Eu nem sinto frio: gosto desse climinha. Gosto, amo, a sensação de poder usar essas roupas sem andar pelo meio da rua me sentindo ridícula. É simples, mas é extremamente bom. As cores escuras, azuis, negras, vão-se misturando com as pessoas, e isso é diferente do amarelado tradicional das ruas do Ceará. E isso é bom de ver. Eu desenho uma linha na mente, imaginando organizar tantas cores, tanta água, tantas sensações que os tempos chuvosos causam-me.
Gosto de velocidade, gosto de movimento, gosto de novidade.
Mas simplesmente detesto ansiedade, incerteza, pressa, impaciência.
Queria muito que chovesse agora. Ah, a noite seria bem melhor. Olha só: já estou com pressa pela chuva. Céus, que paranóia, não?
É bom dar uma olhada no velocímetro de vez em quando: às vezes estamos mais rápidos que os carros que ainda estão atrás da gente. Encostar um minutinho, fazer um retorno, uma curva, pra diminuir o ritmo de vez em quando é muito bom. É parar o carro e observar a paisagem, tirar fotos, pra olhar praquela paisagem perfeita (ou imaginariamente perfeita) mesmo quando não houver tanta perfeição no caminho.
Também vale curtir a viagem, e não apenas chegar ao destino, afinal.
imagem: Deviantart/gilad
Adoro essa música; são palavras de calma pra minha pressa. Gosto muito da letra, parece um banho de água fresca quando estou com febre. Faz-me abrir aquele leve sorriso, aquele sorriso de esperança.
One day
I know
We'll find
A place of hope
Just hold on to me
[...]
And I'm right on time
And the birds keep singing
And you're right on line
And the bells keep ringing } come on my love
And the battle is won
And the planes keep winging
And I'm right on time
And the girl keeps singing
[...]
One day there will be a place for us
Eu mesma tenho uma pressa danada do futuro. Tenho pressa dos meus objetivos, tenho pressa do desvanecer da minha ingenuidade de menina, tenho pressa do meu próprio salário, tenho pressa pela faculdade. Pressa que chega a irritar, estressar.
No fim das contas, contudo, é como comer rápido: definitivamente não é sinônimo de eficiência. O alimento não vai ser digerido como deveria, não vai ser aproveitado como deveria. E isso é deficiência. A mesma coisa acontece quando vamos engolindo o futuro: os momentos vão passar desapercebidos, por melhores que pudessem ser. Porque a gente não agarra, a gente expulsa aquilo que não é exatamente o que a gente queria.
Nas ruas banhadas de água da chuva, nas poucas vezes que chove aqui no Nordeste, eu ando com minhas blusas de manga longa. Eu nem sinto frio: gosto desse climinha. Gosto, amo, a sensação de poder usar essas roupas sem andar pelo meio da rua me sentindo ridícula. É simples, mas é extremamente bom. As cores escuras, azuis, negras, vão-se misturando com as pessoas, e isso é diferente do amarelado tradicional das ruas do Ceará. E isso é bom de ver. Eu desenho uma linha na mente, imaginando organizar tantas cores, tanta água, tantas sensações que os tempos chuvosos causam-me.
Gosto de velocidade, gosto de movimento, gosto de novidade.
Mas simplesmente detesto ansiedade, incerteza, pressa, impaciência.
Queria muito que chovesse agora. Ah, a noite seria bem melhor. Olha só: já estou com pressa pela chuva. Céus, que paranóia, não?
É bom dar uma olhada no velocímetro de vez em quando: às vezes estamos mais rápidos que os carros que ainda estão atrás da gente. Encostar um minutinho, fazer um retorno, uma curva, pra diminuir o ritmo de vez em quando é muito bom. É parar o carro e observar a paisagem, tirar fotos, pra olhar praquela paisagem perfeita (ou imaginariamente perfeita) mesmo quando não houver tanta perfeição no caminho.
Também vale curtir a viagem, e não apenas chegar ao destino, afinal.
imagem: Deviantart/gilad
Adoro essa música; são palavras de calma pra minha pressa. Gosto muito da letra, parece um banho de água fresca quando estou com febre. Faz-me abrir aquele leve sorriso, aquele sorriso de esperança.
One day
I know
We'll find
A place of hope
Just hold on to me
[...]
And I'm right on time
And the birds keep singing
And you're right on line
And the bells keep ringing } come on my love
And the battle is won
And the planes keep winging
And I'm right on time
And the girl keeps singing
[...]
One day there will be a place for us
Marcadores: pressa, velocímetro
UAHAUHAUHAHAHAHA
Em algumas coisas vc mudou demais, ja em outras UAUHAHAUHAHAU
Mas acho que vc ja encontrou a solução sozinha, tendo em vista que tu descreveu bem ali os maleficios de perseguir demais o futuro: tu deixa de viver o presente. É sacrificar felicidade para buscar felicidade. Realmente não faz sentido :)
Posted by Lucian Souza | 25 outubro, 2007 14:18
"Eu mesma tenho uma pressa danada do futuro. Tenho pressa dos meus objetivos, tenho pressa do desvanecer da minha ingenuidade de menina, tenho pressa do meu próprio salário, tenho pressa pela faculdade. Pressa que chega a irritar, estressar."
Opa. Tá falando de mim?
Posted by Anônimo | 02 novembro, 2007 10:54