segunda-feira, março 14, 2011 

Japão


O céu intacto, a terra em pedaços, forças superiores em descontrole, resistência humana. Momentos de dor, choque, incredulidade. O Japão tem mais um momento histórico do qual se levantar. Tem uma história já cheia de tragédias, mesmo antes da 2ª guerra, como quase toda nação. Poucos países, no entanto, reegueram-se como o Japão. E isso há de acontecer uma vez mais: levantar, mesmo com pés e pernas doloridos.

Esses dias mesmo mostrei umas cenas pros meus alunos mas eu mesma tinha o coração doído. Vi no New York Times fotos chocantes, como esta acima. Que Deus ajude o Japão, mas especialmente os japoneses, a ter forças pra seguir em frente mesmo perdendo casas, amigos, família, porque sozinho é impossível superar tamanha dor.

Nessa foto, o corpo é objeto central da atenção, todos os os outros são dependentes dele na construção do significado: da dor. O vetor do olhar para o corpo vem de rostos impressionados, olhares doloridos, chocados. Acho que todos hesitaram em tocá-lo para depois recolhê-lo.

Ainda houve uma segunda explosão na usina nuclear, e, apesar de que o pior já passou (ou não) ainda permeia o medo da descoberta: contaminação radioativa; um parente, um amigo a menos. God help Japan!

quinta-feira, março 03, 2011 

Não Matarás: não ficarás calado!


Gente, ontem eu assisti a esse documentário, produzido pelo instituto Nina Rosa e fiquei chocada com as cenas que vi. Vivissecção em pleno século XXI... Quem passou (ou passa) pela universidade, sabe como funciona: os alunos são levados a tolerar práticas antipedagógicas e até cruéis por causa dos professores cristalizados na tradição, independentemente de suas consequências. Quantas vezes a gente já não engoliu muito abuso por causa de professor "durão"?

Os alunos são seres humanos independentes, portanto, têm direito de expressar sua opinião de modo respeitoso, mas não menos firme. Sabe o que acontece? Se os alunos não se juntam e mostram sua opinião contrária, vai ser sempre assim, e o sofrimento não é perpetuado: nos animais, nos próximos alunos, nos pacientes e nos próprios professores, que permanecem limitados à tradição.

Achei muito corajoso da parte dos alunos do documentário (bem como de professores) expressar sua opinião clara contra o abuso de poder: dos professores e do ser humano. Só porque o homem detém os instrumentos que permitem que a dominação de animais (ratos, coelhos, cachorros usados para vivissecção) isso não dá a ele o direito de usá-lo de modo violento ou cruel e a própria lei no Brasil concorda com isso. Seria o mesmo que dizer que não há nada demais em roubar, desde que haja oportunidade para isso.

Mais do que nunca defendo a postura ativa do aluno na Universidade, de modo que o mesmo possa usar os instrumentos disponíveis para promover não só o conhecimento científico, mas a ética, e que ele nunca fique calado com medo de ser reprovado.

Assistam esse documentário! Essa é uma dura realidade, que muitas pessoas ignoram quando compram frango assado, mas todos nós sabemos disso e simplesmente não podemos fechar os olhos para não ver a verdade. Não adianta tampar os ouvidos para não ouvir os gritos de quem tenta escapar duma morte cruel mesmo depois de uma vida miserável no confinamento: vai ser assim enquanto assim aceitarmos que seja.

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