quinta-feira, abril 26, 2007 

Capa nova

Fazia muito tempo mesmo que eu queria trocar o template. Mas como é difícil achar templates especificamente para blogspot! Ainda por cima um que me agrade.


***


Coisa interessante que eu observei hoje: indo pra escola, vi uma menininha e uma mulher andando na rua, perto dum trilho (supus que eram mãe e filha) e a menina persistia em jogar sua própria cabeça contra a barriga da mãe. Ah, crianças... Sempre fazendo coisas completamente fora do comum.

PS:(Será que a menina protestava/ criticava o acúmulo excessivo de lipídios no abdome da mãe? Sabe-se lá!)

sexta-feira, abril 20, 2007 

Minha querida meninisse...

Please don't make my wedding dress
I'm too young to marry yet
Can you see my pocket knife?
You can't make me be a wife

How the world just turns & turns
How does anybody learn?

- The Pocket Knife – PJ Harvey



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Aaaaah...

Há alguns dias atrás, eu baixava minha cabeça envergonhada pela minha própria imaturidade. Sentia-me culpada por minha ingenuidade e por não reagir rápido e certo como um ácido de um explosivo.

Hoje estou pensando em como isso tudo pode ser bom.
Curto meus amigos, meus devaneios, meus sonhos, meus esforços. Tudo é muito bem aproveitado, até a última gota. E é assim que tem que ser. E me dou conta do quanto amo a sensação de estar descobrindo o mundo.

Aaaaah...
Uma jovem garotinha que deixa o vento bater nos cabelos e nos olhos, e na mente, que vai junto com ele, pra longe, bem, longe... Minha meninisse tem um toque suave de tudo aquilo que pode ser belo em mim.

Na verdade, quero que nada disso fique perdido, disperso no passado a ponto de não mais poder ser remontado e relembrado várias e várias vezes. Que fique concreto como algo que passou e não pode ser alterado, quebrado e muito menos apagado. Que na intensidade dos dias de menina fiquem gravados os aprendizados e admiração infinita pela vida que não termina, apenas nós vamos embora daqui.

Sinta o prazer de ser menino(a) e admire-se das coisas!
A vida necessita de aprendizado, de novidade, de coisas velhas, de lembranças, de surpresas, precisa ser rica de tudo aquilo que nos faça sorrir a curto ou longo prazo pra valer a pena!

Ouvindo calmamente Björk, e viajando longe e sentada ao mesmo tempo.
Experimente.

domingo, abril 15, 2007 

Vergonha

O mundo inteiro é seu.
Com tudo que nele tem, tudinho.
O que você sentiria?
Quanto a mim...

Vergonha


Quando eu pensei que o mundo era meu
Inteirinho, sem faltar um galhinho
Quando pensei que nem abrindo os braços
Abraçaria tudo que tinha
Senti vergonha
Vergonha, vergonha, vontade de enterrar a cara

Tanta coisa que não me pertence
Tanta coisa que eu não fiz
E, pior, não posso reverter
Sentei a cabeça na mão direita
E com a mão esquerda cobri a face
E mergulhei em vergonha

Tudo é meu, tudo é seu, tudo nosso
Tudo faz parte de nós e nos pertence
Mudar o tom da voz não vai mudar
Ninguém vai obedecer
É meu, mas não posso controlar
E de que adianta a grandeza do que tenho?
Vergonha, vergonha, vergonha

As mãos deles são armas
E os cérebros laisers
A minha mão aberta pede pra pararem
Mas a outra mão cobre o rosto
De vergonha, vergonha, vergonha
Da imensa vergonha que sinto
De estar no meio deles


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Ganhar o mundo inteirinho seria como ter um pai que todo mundo pensa ser muito rico, que morre, e me deixa de herança dívidas proporcionais à riqueza que exibia ter.

sábado, abril 14, 2007 

Aulas com DVD... Na radiola

Hoje fui vítima de um provão da escola. É como acostumam a gente ao clima de vestibular: 66 questões e quatro horas para terminar tudo.
Isso tudo é muito absurdo.
Eu imagino que você aí deve estar pensando que isso é uma revolta pós-provão de mais um aluno do Ensino Médio que faria muita coisa para escapar disso, mas... não é bem assim; a coisa é séria.

Pense bem.
Estamos num tempo em que é possível, através do estudo de impulsos elétricos do seu cérebro, saber se você mente ou não. E aliás, isso não é muita novidade. Pode-se ter noção das suas reações. Técnicas e mais técnicas estão aí para você aprender tudo; desde técnicas de memorização até a mais infinita classe de raciocínios lógicos, metodologias, etc. Têm-se hipóteses sobre como vivíamos há milhares de anos atrás.
E continuamos sendo bombardeados de informações na escola.
Sem contar com o que passam pra gente: do Ensino Fundamental ao Médio a gente aprende que Cabral descobriu o Brasil em 1500. Duvido que tenham falado das hipóteses dos chineses, fenícios, etc. E quem dos alunos questiona isso? Aliás, parece pouco interessante, pelo menos da maneira que tudo é passado. Empurrado goela abaixo, ou melhor, cérebro adentro.

E ainda tem o tal do vestibular.
Aquele mata-mata por uma espremida vaguinha numa universidade pública, passando por uma prova saturada de informações (de muita coisa que você não leva o mínimo jeito) e que é quase impossível acertar todas. É mole, ein?

Antes de qualquer outra coisa, o sistema metodológico anda bem atrasadinho. Por que não ensinam o aluno a aprender? Primeiro ensinar a conviver enquanto criança, ensinar a se virar e ensinar como absorver as coisas e descobrir a si mesmo. Isso construiria seres humanos mais conscientes do seu próprio universo e da sociedade. E isso é mesmo necessário, vide a condição confusa desse mundo louco cheio de gente diferente e capitalista que nem depois de adulto a gente entende por completo. Se cada um descobrisse suas reais habilidades o mais cedo possível, poderia aprimorá-las ainda mais: uma mão-de-obra de qualidade “impagavelmente” superior.

Acho mesmo que isso é mais que desgosto pelo provão que fiz.
Não se pode confiar na desgraça do gabarito; se errar, uma questão foi para a eternidade, e não para a contagem de pontos. Injusto. Injusto não por que requer esforço. Mas porque tanto esforço merecia um melhor emprego.

Especialmente na contemporaneidade.

sexta-feira, abril 13, 2007 

Sorriso amarrado

No transporte público nada lotado, apenas com todas as cadeiras ocupadas e ninguém em pé, a mulher subia com uns quatro livros na mão e sorria para uma conhecida. Sorriso amarrado. Assim, só de lado.

Não sei porque achei aquilo tão interessante, confesso. O fato é que o sorriso amarrado ficou na minha cabeça.

Pouco depois, um rapaz fardado, assim como eu, esforçou-se para levantar da cadeira. Claro que era necessário esforço: a mochila realmente lhe era um peso "desequilibrante", eu diria. E ao terminar o feito, deu um sorriso amarrado para o nada.
Mais um.

Enquanto isso, eu, quieta na janela, por algumas vezes fechava os olhos e deixava o vento brigar com o meu rosto e com meus lábios. Os quais, aliás, não tinham sorriso nenhum. Não era um sorriso invertido =(, melado em lágrimas, nem era um sorriso. Não era nada. Pouco depois comecei a pensar que talvez também eu estivesse com um sorriso amarrado; pois não havia espelhos e não via meu rosto; apenas sentia a posição de cada coisa nele. E esse "sentir" é apenas uma impressão, muito vago e fácil de desmentir.

Talvez por isso o sorriso amarrado dos outros tocou-me tanto; inconscientemente. Talvez isso diga muito sobre mim, sobre todas as pessoas em quem notei o tal sorriso. Talvez cada um com uma interpretação. Mínima coisa, de três segundos e raramente mais. Máximo na cabeça de alguém.

quinta-feira, abril 05, 2007 

Expressividade

O que você acha de desenhos animados?
Talvez ainda ache um máximo assistí-los comendo salgadinhos. Ou talvez ache que já é velho demais para isso. Ou, ainda, pode achar que não tem paciência.
Mas há algo interessante neles.
Será que você já notou?
Eles exageram nas expressões. Isso mesmo. Por exemplo, para demonstrar raiva, eles abrem a boca de uma maneira humanamente impossível, mesmo que sejam "humanos". Choram descontroladamente. Fazem caretas explícitas. O que é fácil de entender; afinal, já que não são humanos mesmo, precisam exagerar nas expressões pra que a gente possa entender o que querem transmitir.
Que tal da próxima vez que assistir desenhos animados notar isso?
Pode prestar atenção, acho que concordará comigo.

A arte imita muito bem a vida, mas expõe-na, como um espelho. Porém, um espelho diferente. Onde as imagens não são tão nítidas. Ou são; só que nessas imagens, não aparecemos nós, apesar de serem nossa perfeita representação. Consegue entender?
Exemplificando, as artes plásticas, literatura, cinema, música e dança não raro representam situações. Cotidianas, fantasiosas, raras, todas são situações.
Particularizando a dança, confesso não entender muito (pelo menos não tanto quanto literatura ou música; o que não significa, de forma alguma, que eu saiba de tudo), mas hoje a minha mana Érica, que cursa meu sonho de curso (Produção Cultural - UFF) mostrou-me um vídeo bem interessante. Era de uma famosa coréografa alemã, Pina Bausch.

Incrível como Bausch incorporava a personagem.
Em suas feições, movimentos, parecia ter sido dominada. Parecia que algo estava nela. A personagem estava nela, e Bausch era levada para lá e para cá...
Era um vídeo curto, um minuto e alguma coisinha...



Este outro aqui é mais longo, porém, mais completo. Dá pra sentir melhor o "drama". Com vocês, Sagração da Primavera, por Pina Bausch. Deliciem-se.

terça-feira, abril 03, 2007 

Poucas muitas memórias

Poucas muitas memórias

Em tão poucos anos
Na mais óbvia juventude
Em memórias aparentemente longas
Quando na verdade são sombras
De montanhas que ainda virão
E quer esteja eu indo
Ou quer elas estejam vindo
Ainda as alcançarei num arco-íris lindo
Coroando uma jornada
Que eu finjo que não terminará


Dia confuso. Aliás, esse poema é confuso. Na verdade, não estava pensando em nada disso; só comecei a pensar depois que escrevi. É como se escrevesse sem consciência, apesar de que entendo o que escrevi. Apenas saiu, quando, na aula de Matemática II, eu não estava pensando em nada e fui deixando o lápis escrever. Confuso mesmo, você diria.

Mas, como já toquei no assunto, comecei a pensar a respeito. Quando me dô conta do quanto mudei em apenas dois anos, de quanta coisa se passou, quanta coisa aprendi... Parece que já se foram muitos anos de experiência... Porém, essa leve impressão logo se vai. É claro que tenho consciência de que ainda falta muita coisa pra aprender! Montanhas de coisas doces a aprender! E independentemente se sou eu quem caminha até elas, ou se tais coisas vêm em muinha direção, uma coisa é certa: impreterivelmente as alcançarei. E é isso que quis dizer nesses versos, traduzindo.

Tenho trabalhos enormes da escola pra fazer, muita coisa pra estudar, muita preocupação...
Então meu post termina por aqui.
Obrigada por lê-lo.

"Saber viver é poder sentir prazer no odor de flores de plástico"
- Vanessa B.

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