terça-feira, setembro 26, 2006 


4 Maneiras de encontrar no homem uma máquina










RAZÃO
1. Razão → Prática → Máquina
2. Razão → Exatidão → Máquina
3. Ciência → Tecnologia → Máquina

AUSÊNCIA
DE
PENSAMENTO
4. Ignorância → Submissão → Máquina


1. O pensamento leva à prática. Você raciocina o que seria melhor a fazer numa determinada situação com o objetivo de tomar a ação “correta” (mais apropriada). Mas, e quando a obrigação não é um ato voluntário (ou seja, quando você não raciocina que aquele é o melhor a se fazer e assim, decide fazê-lo)? Muitas vezes, as pessoas não chegam à conclusão do que é melhor, apenas lhe é imposta uma decisão, leis e preconceitos. E esse ser absorve e reproduz. Que nem uma máquina.

2. René Descartes, [filósofo Racionalista que viveu até 1650], na sua obra Discurso do método, descreveu o raciocínio e pensamento humano tão exato quanto matemática. De acordo com a filosofia racionalista [a qual Descartes defendia], apenas a razão humana poderia levar à "verdade". Se o pensamento humano for tão exato, ele pode acabar deixando de ser humano. O racionalismo extremo perde o sentido para o humano, porque é humano e não calculadora.

3. Vamos exemplificar com uma obra Iluminista, a Enciclopédia, publicada no séc XVIII. Ela é uma prova clara que a ciência ficava cada vez mais aplicável; prática. A filosofia transformou-se em processo, a teoria vira prática. E hoje há quem nem mais pare pra pensar de onde veio uma fórmula, apenas a aplica. A teoria cada vez mais perde espaço para a prática. E isso vira automático, tal qual uma máquina.

4. O tipo mais clássico de “máquina-humana”. Uma massa incontável (a grande maioria de homo sapiens atualmente vivos) encontra-se num estado passivo. Calado, obediente, submisso. Não procuram saber o que está havendo ao seu redor. Não se preocupam com nada além de suas próprias vidas. E nem pras suas próprias vidas dão bola, no fim das contas, porque não pensam no seu futuro. Não querem fazer diferente. Facilmente são levadas pelos atuais meios de alienação. E pelo que dizem por aí. São obedientes à sociedade, por pior que esta seja. São máquinas super-automáticas de liquidação.

Conclusão: Ser humano não é entregar-se às leis do meio em que se vive sem verificar porque; não é entregar-se a apenas raciocínios e uma enxurrada de informações; não é entregar-se sem volta a uma rotina de práticas interminável; nem muito menos deixar que tudo role em cima de você e nunca abrir a boca pra perguntar porque ou proferir sequer uma palavra a respeito. Ser humano é sempre querer saber, questionar, entender, sentir, provar, aprovar e ser. Ser é diferente de existir. Seja humano.

sábado, setembro 23, 2006 

O que eles falam nos noticiários na TV por quinze minutos já é o suficiente para enviar um estímulo ao meu cérebro e ter como resposta minhas mãos tapando meus ouvidos e olhos. É quase impossível não se sentir sufocado com tanta coisa ruim. Essa maldita desigualdade social (tanto econômica quanto cultural) é o processo cada vez menos lento de autodestruição da humanidade.

Mês passado, estive na Bienal Internacional do Livro, aqui no Centro de Convenções de Fortaleza, e observei essa desigualdade social refletindo-se até mesmo na realidade do mundo infantil. Num espaço próximo a um stand, encontrei diversas crianças sentadas em pequenas filas, no chão, comendo cada uma delas o mesmo lanchinho. Alguns passos à frente, em outro stand, deparei-me com crianças de uma famosa escola daqui da cidade, e um menino fardado tirando dinheiro de sua própria carteira para comprar algum livro.
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O dinheiro virou uma espécie de cigarro: viciou a sociedade como um todo, causou uma dependência desgraçada, arraigada, impregnada e o pior: que polui e mata a cada instanye de consumo... É moeda não apenas nacional, mas a cédula do poder. Dinheiro não é mais imundo apenas pelas bactérias etc. Mas pela sede de poder que causa ao homem. É feio, é sujo, é imundo ver as cenas de quanta coisa já perdeu o valor em nome do dinheiro. Será que o dinheiro vale mesmo TANTO?

segunda-feira, setembro 18, 2006 

Hipo e hiperconhecimento
Céus, o conhecimento é tão abrangente!
E há tantas formas de conhecer... Estive pensando a respeito.
Quando você se depara com o "hiperconhecimento", leva bastante tempo para se adaptar, absorvendo o conhecimento antes ausente, o que impedia a compreensão. Isso porque não seria possível apenas absover o conhecimento; mas primeiramente deduzí-lo e só depois aprender. É um conhecimento sólido; primeiro se mastiga e só então se empurra goela abaixo.
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Entretanto, quando você enfrenta o "hipoconhecimento", o impacto é diferente. Quem de nada sabe tem muito a ensinar a respeito do manejo do conhecimento. E você logo aprende a lição: é preciso saber refazer a informação. Não é coisa nova pra você. Mas para eles o é. Então você faz novo e interessante o velho e redundante, até. Aprende-se muito mais sobre nós, como seres humanos, sobre a ausência, sobre o ainda neutro. Esse é um aprendizado líquido, porém, ácido.
O que é a ignorância das pessoas? Quem são as pessoas de pouca instrução?
Talvez elas não sejam quem você deveria abominar. São o seu, o meu, o nosso desafio. O conhecimento enfuna e "elitiza" as pessoas que o detém, e assim fica difícil evitar tal efeito. Mas que corpo não é posto à prova ao ingerir um ácido concentrado?
Mas será que é possível viver e ter todos os sentidos e cada partícula restituída dos efeitos ácidos? É difícil, mas pra ser sincera, eu espero que sim.
Pensando assim, posso concluir que...
..."O Não-saber é o adversário que o Saber, usando de seu prestígio, autoridade e poder, chamou de indigno e incapaz apenas com o propósito de não enfrentar o mais imprevisível e, assim, terrível inimigo."

quarta-feira, setembro 13, 2006 

Olá novamente!
Sabe, esses dias eu andava negativa demais, e nem me apercebia disso. Mas uma amiga me abriu os olhos.
Ainda bem.
E eu pude pensar mais claro sobre esperanças. E escrevi isso [abaixo] hoje na aula de Português.

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Esperar é preciso
É difícil como biologia
Eu nunca aprendi tudo
É como um dia em que falta luz
Repentinamente, tudo está escuro
E eu não sei quando a luz vai voltar
No fim, eu não sei de nada sobre a luz
Porque eu não posso fazê-la voltar
Tenho que ficar sentada e esperar
É como um maremoto
Que arrasta as raízes de todas as árvores
E vai demorar para que tudo nasça de novo
Então, se o futuro é tudo
Nós de nada sabemos
E nem adianta matar a esperança
Porque tudo que se pode fazer é esperar
E se você tem de fazer alguma coisa
Faça bem feito
Faça valer
E esperar é preciso.
Conclusão: A esperança é o que fecha a lacuna do não-saber como nada mais o faria. Esperar, seja real/racional ou não, é uma necessidade. Desconhecemos o futuro, mas ele nos espera. O futuro não nos conhece, e porque não esperamos por ele? Ser feliz inclui ter um objetivo na vida, ser, deveras, útil. E como ter um objetivo no qual não se acredita, não se tem esperança de alcançar. Realmente não faz sentido. E não minta pra mim que você não quer ser feliz. Não minta que você não se importa. Admita-se, conheça-se, invista e sempre, sempre mesmo, espere. Vale a pena acreditar.

segunda-feira, setembro 04, 2006 

O mundo abstrato dos sonhos
Você não comanda o que irá sonhar essa noite. Assim como você já deve ter sonhado centenas de coisas que, quando você acordou, o pouco que você lembrava não parece fazer o mínimo de sentido.
Mas há algo que realmente me chama a atenção.
Todos nós temos aqueles sonhos, desejos, anseios. E é tão boa a visão de estarmos realizando-os!
Nossos sonhos dificilmente vêm do racional (eles não consideram as impossibilidades, os obstáculos...). São produto de nossas emoções. São projetos de nossas emoções. É como se você quisesse muito uma casa, daquele jeito que você imaginou. E um dia, você resolve desenhar a planta e tudo mais. Assim, idéias de prazer ganham forma nos sonhos, os quais alimentamos mais e mais a cada vez que temos contato com as idéias que originaram o sonho. Por exemplo, alguém que sonha ser vocalista enche os olhos e fica babando ao ver o trabalho de um já vocal profissional. E acaba idealizando essa figura.

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Esses sonhos dão cor à nossa vida. São o boom da vida de muita gente; dão o sentido a seus dias. Afinal, ser humano não é apenas ser racional. Também significa poder sentir. Se apenas formos comandados por deduções, seremos apenas dotados de um “instinto” mais desenvolvido. Mas nós sentimos. Somos emotivos, apegamo-nos uns aos outros... E somos únicos por isso!
Incrível como idealizamos os nossos sonhos... Como são capazes de provocar um mar de emoções a ponto de empregarmos tantos esforços e atenções em prol de tal... Tornam-se tão importantes, que a simples visão de fracasso é capaz de alterar nosso humor.

Eu passei o dia pensando em sonhos...

Pensei quão impossíveis podem ser, e quão inversamente proporcionais à possibilidade é a minha vontade (e determinação!) de realizá-los.

Eu quero muito que tudo dê certo. Eu preciso disso...

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