quinta-feira, julho 13, 2006 

Tudo muda, não é verdade? Há muitas coisas que mudam completamente. Quando o dia vira noite, o claro fica escuro. Os pequenos ficam grandes. Os grandes, pequenos. Os cheirosos fedem, os bonitos ficam feios, e os feios, bonitos. Mas tudo isso acontece por alguém que "passa de carro", ligando dois extremos. São as mudanças, que têm como veículos o tempo. As mudanças trazem suas bagagens, as conseqüências...

Aprendemos um montão de coisas enquanto estamos vivos, mas talvez a coisa mais difícil de aprender e praticar mesmo depois que a gente cresce é adequar-se às mudanças, encarar a diferença, lidar com ela e se adaptar, conviver com isso. A diferença é algo difícil de absorver, e pelo visto, sempre será. Um reflexo disso são os pré-conceitos; alguém há muito tempo atrás criou uma ideologia e conseguiu incutir na cabeça de todo mundo o que era normal, comum, aceitável, certo. E um belo dia, surge alguém forra dos padrões; diferente. E olha só o que acontece! Mesmo pessoas "crescidas", adultas (guiadas, não raro, inconscientemente por conceitos que elas não criaram, e nem sabem quem fez isso) rejeitam, excluem, repugnam. Isso exemplifica bem como nós, humanos, temos dificuldade em aprender a se adaptar. Parece que somos sedentários até mesmo quando a questão é social!

Mas esse é um exercício que vale a pena praticar... É mais que uma lição de casa, é uma lição de vida! Veja, por que você rejeita, por que você exclui? Será que aquilo realmente te faz mal ou simplesmente é preguiça de empenhar esforço e aprender a aceitar? Temos naturalmente o "medo" que é quase que um "instinto humano", que nos protege de quaiquer situações prejudiciais, mas o que separa o medo de preconceito? Vejo hoje em dia claramente tantas demonstrações de que a humanidade confundiu as duas coisas, e olha, eis o caos!

Pais! Vocês têm medo de quê?
Medo que seu filho seja alguém ruim ou medo de que ele se torne algo que você nunca imaginou que ele iria ser?
Se é tão difícil para você aceitar que ele é diferente, será que ele, teu filho, também não tem dificuldade de aceitar e se adaptar a um pai que é diferente? Afinal de contas, se água é diferente de vinho, então vinho também é diferente de água.

Não é uma questão de desordem. Não é uma simples questão de inverter os valores. É um caso de vida, é um caso de felicidade, é um caso de harmonia, e acima de tudo; é uma questão de exercer o raciocínio e provar primeiramente a si mesmo o quão humano você realmente é.

Vou deixar aqui uma música que eu confesso que amo demais; Changes, da Kelly Osbourne e seu pai, Ozzy Osbourne.
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Changes - Kelly Osbourne feat Ozzy Osbourne
Kelly:
Eu me sinto infeliz
Eu estou tão triste
Eu perdi o melhor amigo
Que eu já tive

Ozzy:
Ela é meu bebê
Eu a amo tanto
Mas é muito tarde agora
Eu tenho que deixá-la ir

Kelly e Ozzy:
Nós estamos passando por mudanças
Nós estamos passando por mudanças

Kelly:
Nós compartilhamos lágrimas
Nós compartilhamos cada dia
Eu te amo pai
Mas eu achei meu caminho

Ozzy:
Você sabe que o mundo
É um mal lugar
Meu bebê está crescido agora
Ela achou seu caminho

Kelly e Ozzy:
Nós estamos passando por mudanças
Nós estamos passando por mudanças

Kelly:
Eu demorei tanto
Para perceber
Eu posso continuar ouvindo
Seu último adeus

Ozzy:
Agora todos os meus dias
Eu passo cheio de medos
Queria poder voltar
E mudar os anos

Kelly e Ozzy:
Nós estamos passando por mudanças (6x)

terça-feira, julho 11, 2006 

Memórias

Incrível observar como nós somos cumulativos. Incrível mesmo. Eu estava ouvindo uma música muito boa que me fez pensar nisso: "Eu não esqueço nada" do Kid Abelha. Nossas lembranças são inevitáveis, e no fim das contas, nunca se sabe ao certo o que é um simples fato no meio de um pedaço de tempo e o que realmente vai ficar marcado, virar lembrança.
Sendo assim, estive pensando...
Onde estão nossas lembranças? Será que elas têm algo a ver com o nosso inconsciente? Sigmund Freud (um cara que pessoalmente eu admiro demais; pai da psicanálise) afirmava que existe um motivo pelo qual às vezes nós fazemos algo o qual jamais imaginávamos ser capazes de fazer. O nosso inconsciente é uma parte de nós a qual não podemos explorar. Apenas faz parte de nós e é completamente capaz de afetar-nos. Então não adianta puxar pela memória nem se concentrar em busca do inconsciente. Porém, ele pode manifestar-se, por exemplo, através dos sonhos. Freud dizia que os sonhos eram como mensagens do inconsciente. Nada de místico nisso; os sonhos não previam acontecimentos, mas diziam algo sobre uma parte de nós mesmos que de outra forma, não conheceríamos.

Voltando às memórias...
Será que todas as nossas lembranças estão com a gente? Ou seja, as que a gente lembra mesmo estando numa parte consciente e as coisas das quais não lembramos (o que não impede que elas tenham acontecido) estando nesse inconsciente?
Independentemente de onde elas estejam... Nossas lembranças são capazes de afetar-nos em muito. Afetam nosso presente e nosso futuro, além dos nossos sentimentos, que parecem sugar as lembranças e fazer com que elas reajam consigo. Esse exato segundo no próximo será um segundo passado. Hoje amanhã será ontem. Esse ano, próximo ano, será ano passado. O presente é um meio termo e a área de ação. O futuro é um projeto. Não que tenhamos que gastar todo presente com pesamentos em futuro. É apenas evitar ser inconseqüente. Pro bem do futuro.

 


A verdade absoluta...
Ela existe?
Acho que não... Mas de vez em quando dá um desespero porque não a consigo achar! É uma coisa terrível! Quando não se sabe ao certo quem alguém realmente é, quando faltam respostas exatas, que facilitariam tanto as coisas! Ontem, levada por um sentimento de sufoco insuportável, juntei palavras e fiz uma crônica...

Vida Psicodélica

Tão ingênua sou eu... Ai, que vontade de saber de tudo! Por que nem tudo é o que parece? Não seria tão mais fácil? Por que há tantos enganos? Por que diabos inventaram armadilhas, laços, buracos, labirintos, perguntas e infinitos?
Sinto minha inocência ser consumida por esse mundo imundo, mas não vejo essa ingenuidade passar. De nada me servem bolas de cristal, tarôs e magias. Eu quero a certeza, quero a verdade, já!
Num desabafo, num desespero, num grito, eu peço... Pois já não agüento mais verem cair máscaras, não agüento mais não saber quem você é. Não suporto mais essas mentiras idiotas, pra quê? Quero o fim das desilusões, desprender-me dessa vida psicodélica, onde cada momento parece ser apenas mais uma alucinação, mais um delírio, que, logo, logo eu sei que passa.
Quero abandonar as drogas, mas diz-me, quais são as drogas, que eu prometo, vou me curar. Já chega desta loucura, desta insanidade já estou eu farta!
Talvez tal loucura, tamanho descontrole seja também um defeito meu, que eu quero que passe. Essa vida, afinal, não pára, apenas continua, e tenho que segurar os cacos da cara, que eu sei, que como jovem, um dia de novo eu vou quebrar.

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